sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

As gotas de chuvas escorrem pelos vidros como lágrimas. Quando eu as vejo eu acho que sou eu chorando.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Te amo

Se você pudesse ver a minha alma
Você veria que eu te amo
Se os seus lábios sentissem a minha pele
Eles sentiriam que te amo
Se o amor tivesse um cheiro
Do meu corpo você respiraria o amor
Se minha voz tivesse coragem
Então não restariam mais dúvidas
para você saber o que sinto
Eu te amo

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Palhaço Triste

O mundo segue adiante
indiferente ao sentimento alheio
Caos, miséria, fome, violência
Desespero, dor, tristeza
O mundo se farta
no cálice amargo
que me serviu de alimento
desde meu nascimento

Sob o manto da noite
as vozes inocentes
clamaram socorro
Seus corações pulsavam temerosos
Convidativos
Como o rufar dos tambores da guerra

Um anjo?
Esta palavras me fizeram chorar
E novamente eu chorei
Quando por estas vítimas
de demônio fui chamado

Da noite eu conheço a solidão
Alvo dos disparos cruéis
dos olhos pálidos que me negam
Da noite eu conheço
o vazio de existir
Não tendo carne nem sangue
Numa imitação de vida
Num brinquedo caricato
Feito de tristeza
Que sorri feito um palhaço

sábado, 13 de setembro de 2008

Herói

Eu tentei correr
mas minhas pernas não me obedeceram
Eu tentei me esconder
mas meu corpo paralisou
Eu tentei abaixar os braços
mas meu punhos fizeram guarda

Todo o meu corpo estremeceu
O medo em meu corpo
se tranformou em força
Meu corpo sangrou
Toda a minha dor
se transformou em vontade de vencer

No momento em que ataquei
Eu hesitei
Quando eu ri e gritei
Eu chorei
Quando eu venci
Eu perdi

sábado, 16 de agosto de 2008

Pequeno pensamento guia

Eu não consigo alcançar o céu
Apenas estendendo as minhas mãos
enquanto deitado eu observo
o movimento das nuvens
Mas eu sinto que enquanto
eu puder estender essas mãos
Mesmo não alcançando nada
Eu posso chegar em algum lugar

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quando é que chega o nunca mais?

Para onde você foi?
Você deixou tudo para trás
Todos os seus pertences
Todas as lembranças

Quando é que você volta?
Sem você o meu choro é certo
Sinto medo sem você por perto
Quando é que chega o nunca mais?

Porque você se foi daqui?
Para onde você foi
eu não podia ir?
Sem você o meu choro é certo
Sinto medo sem você por perto
Quando é que chega o nunca mais?

Sem pegar suas malas
você foi embora
Eu fiquei triste
Mas todo mundo chora
Como assim eu não vou mais te ver?
Porque eu nem puder dar tchau?
Quando é que chega o nunca mais?

Para onde você foi?
Quando é que você volta?
Quando é que chega o nunca mais?
Porque você se foi daqui?
Onde você foi eu não podia ir?
Cada amanhã chega e vai
e você não está mais presente
Quando é que chega o nunca mais?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Minhas palavras para você

Porque não aguentar o peso do mundo?
Porque não chorar quando o peito arder em chamas que dilaceram a alma?
Porque fugir de tudo que é ruim e sem querer escapar de tudo que é bom?
Poruqe não pagar o preço amargo que as vezes o mais doce amor pode cobrar?

Eu. Eu trocaria todos meus sonhos para viver um amor
E se ele me quebrasse, eu choraria pelo fim
e aguardaria pelo recomeço de uma nova jornada
Onde seria feliz e talvez também triste
Pois existem momentos que só o amor pode proporcionar

Eu amo você e assim seguirei até quando não poder mais
E se um dia eu cair
Eu lamentarei o fato de não termos conseguido seguir em frente

quinta-feira, 13 de março de 2008

Vontade do coração

Se eu pudesse arrancar este coração que bate forte
quando chegasse a hora da partida
Eu o entregaria a este poeta
para que pudesse guarda-lo junto a si
pela a eternidade
E então viveria sem sentimentos
até que pudesse estar uma vez mais com esse poeta
quando teria de volta meu coração
e sentiria ele bater forte uma vez mais
só porque estou com você

terça-feira, 11 de março de 2008

Canção de Ninar 1

Cuidar, policiar
Julgar quando for preciso
Punir quando necessário
Em nossa garganta
Todas as outras vozes esquecidas
Se tornam brados
Vozes de autoridade
Voz de prisão

Aquietem-se, escondam-se
ou lamentem-se
Nomes preferências
Para a pena máxima
Nas páginas rasgadas
De nosso dia-a-dia

Sem culpa
Sem perdão
Sem volta para os nomes
Que no inferno apodrecerão

Em nossas vozes
O vosso julgamento
Em nossas mãos
A punição
Os palhaços que perderam
A alegria
Demandam retribuição

quarta-feira, 5 de março de 2008

Resposta do Desafio

O que procuro
Quando volto os olhos para o céu
Com o coração vazio?

Quanto tempo se passou
Desde que eu sentei à sombra
De minhas dúvidas?

Estava perdido em pensamentos, já com uma expressão abatida, os cabelos desgrenhados e a barba por fazer. E nem notava nada na velha estrada onde estava sentado a incontáveis dias.

- Pensava que este caminho não levasse a lugar algum e que era uma rota velha demais para ser utilizada por qualquer outra pessoa.

Observava o ser que estava diante dos meus olhos. Sabia que não o conhecia, mas sentia que não precisava sentir medo, ainda que aquele estranho sujeito estivesse de roupas negras e com a face oculta sob um capuz.

- Um desafio?

Aquele ser não respondeu a minha pergunta e se abaixou a minha frente abrindo um livro. Era um livro feio e esquisito, mas antes que eu pudesse dizer algo, o ser que antes tinha uma voz tão comum, falou de maneira melodiosa.

“- Este livro trás um desafio de alguém que gosta de suas palavras. Pode recusar, não se importe com a longa jornada que fiz para achá-lo”.

Ao ouvir as palavras daquele mensageiro, sorri levemente e debrucei-me sobre o livro.

- Meu corpo criou raiz neste chão. Não posso acreditar que me esqueci neste pesadelo.

Só ao observar bem o livro tive noção real de onde estava, mas apenas sorri pelo fato de ter reconhecido a pessoa que me lançava um estranho desafio, que aos meus olhos, inicialmente estava parecendo uma divertida brincadeira.

- Lendo este livro responderei ao desafio palavras que não serão escritas por mim, mas cantadas daqui para os ventos que irão lhe sussurrar juntinho ao ouvido. Só assim estas palavras ficarão gravadas no livro, quando tua emoção por ouvir-me, fizer teu coração bater mais forte.

Assim comecei o desafio, que eram algumas perguntas que pareciam fáceis demais, mas que na verdade me fizeram pensar bastante. Tudo começava com “Se eu fosse...”.

Se eu fosse um mês, seria um mês que houvesse férias. Divertiria-me e descansaria com o meu amor.

Se eu fosse um dia da semana, seria qualquer um que fosse tranqüilo.

Se eu fosse um número, seria o ZERO e sempre estaria a direita daqueles que amo. Assim eu os elevaria.

Se eu fosse um planeta, seria um pequenino como o que habitava O Pequeno Príncipe. Proporcionaria Sol nascente e poente a gosto.

Se eu fosse uma direção, seria aquela que aponta para o crescimento, sem desviar das batalhas que precisam ser vencidas.

Se eu fosse um móvel, seria uma confortável e luxuosa cama a embalar o sono dos amantes.

Se eu fosse um líquido, seria a água que cai do céu.

Se eu fosse um pecado, seria leve e prazeroso.

Se eu fosse uma pedra, seria um amuleto da sorte.

Se eu fosse um metal, seria um num belo enfeite a decorar um quarto.

Se eu fosse uma árvore, seria alta, forte e com muitos galhos. Faria sombra e serviria de abrigo.

Se eu fosse uma fruta, seria uma suculenta maçã.

Se eu fosse uma flor, seria branca de vistosa, mas nasceria no lodo.

Se eu fosse um clima, seria o clima de festa de reencontro de amigos de longa data.

Se eu fosse um instrumento musical, seria um violão a dedilhar suaves canções de ninar e doces serenatas.

Se eu fosse um elemento, seria o elemento surpresa.

Se eu fosse uma cor, seria todas ao mesmo tempo.

Se eu fosse um animal, seria um bem furtivo, para observar as belas damas sem ser percebido.

Se eu fosse um som, seria a voz que clama por justiça.

Se eu fosse uma letra de música, seria sincera nos sentimentos e com uma letra feia como a minha.
Se eu fosse uma canção, seria um hino.

Se eu fosse um estilo de música, seria folk.

Se eu fosse um perfume, seria um natural de cheiro de rosas.

Se eu fosse um sentimento, seria a alegria.

Se eu fosse um livro, seria um de bolso. Leve e prático para estar sempre junto de você sem ser um estorvo.

Se eu fosse uma comida, seria saudável e saborosa.

Se eu fosse um lugar, seria o dos sonhos.

Se eu fosse um gosto, seria salgado.

Se eu fosse um cheiro, seria o aroma que faz lembrar pessoas agradáveis.

Se eu fosse uma palavra, seria uma de conforto.

Se eu fosse um verbo, seria um mal conjugado. Só para ser refeito por suaves mãos de belas damas.

Se eu fosse um objeto, seria um objeto de desejo.

Se eu fosse uma roupa, seria uma peça íntima feminina.

Se eu fosse uma parte do corpo, seria a pele que cobre todo o corpo, que é esfregada nas carícias e que mergulha no mais íntimo em busca de prazer.

Se eu fosse uma expressão, seria matemática.

Se eu fosse um desenho animado, seria divertido.

Se eu fosse um filme, seria inteligente.

Se eu fosse uma forma, seria uma que se ajustasse ao corpo do meu amor.

Se eu fosse uma estação, seria o outono.

Se eu fosse uma frase, seria amo você.

Assim terminei ao desafio. Só nesse momento eu percebi que o livro era realmente belo. Tinha uma cor verde que parecia brilhar naquele imenso cenário cinza de pesadelo no qual eu estava instalado. Seus detalhes prateados e os contornos e formas que existiam no livro, pareciam ganhar vida e eu podia compreender que aquele livro fazia parte de algo realmente grande e mágico. Entreguei o livro ao mensageiro, mas pedi para que ele não se revelasse e então me levantei, bati a mão nas vestes e tomei o caminho de volta para a casa.

sábado, 1 de março de 2008

Mostrando a cara



Bem aí estou eu.... Estou sem criatividade no momento ^_^

sábado, 2 de fevereiro de 2008

O que você pode querer não ver

Amém!
Um viva para a hipocrisia
Celebrada por um coro de fiéis
Que cantam alto seus salmos
Em busca da salvação
Para abafar seus hábitos detestáveis

Meus olhos sangram
Toda noite quando acordo
Eu fui feito por amor
Então o que fiz para merecer isto?

Um pedaço desgarrado de carne morta
Buscando santidade
Mas acumulando pecados
Para cada nova vítima

Você me viu fazer isto?
Eu disse certas coisas
Apenas por que não me fiz entender

Mas eu choro
A cada dia que meu coração morre
E eu poderia estar ficando louco
Mas se eu tivesse tanto ouro
Ninguém precisaria comer lixo
E você viu através dos meus olhos

Toda essa dor que sentimos
Você sentiu ainda mais porque
Eu o culpei
E agora minha fé anda tão abalada
Que estremece ao som dos sinos

E se todos fossemos vítimas
dessa máscara abençoada?
Essas ruínas machucam meus pés
Eu não posso caminhar assim
Esses reflexos de bizarrices e atrocidades
Me ferem diariamente
Porque sou um homem
E não nasci para isso

Eu fui feito por amor
É isso que sinto
Mas porque preciso de um guia?
Porque esta coleira é tão apertada?
Não vale a pena quando os outros
Cães te mordem tão forte
Enquanto fazem pose de domesticados
Buscando salvação para abafar
Seus atos hediondos e promíscuos

Um viva para um coro de fiéis
Fantasiados como bons Homens

ELA

Enquanto ela dança
Ela exibe a sua alma
Tão bela
Não tenho olhos para ninguém
Além dela

Enquanto ela dança
Meus sonhos alçam vôo
Servo de suas curvas
que serpenteiam
enquanto festejas a vida
num ritmo
que encantaria os deuses

Enquanto ela dança
Não existe ninguém
Maior que ela
Ninguém melhor
Ninguém mais bela

Por isso dance
Festeje, viva
Encante, sonhe
Por um momento
Seja eterna