quinta-feira, 5 de julho de 2007

Amor Incerto

Remoendo as desavenças
da cativante presença do medo
Eu esqueço e esqueço
Temendo o futuro
por causa do passado
tão presente

Eu me busco em você
quando você não está para mim
Sincero medo
Colisão da razão e do desejo

Então eu me entrego
Não há chances contra
o presente que busca o passado
para se tornar o futuro

Será que em vão
me atiro nos braços
de quem não quer me abraçar?

Eu desejo
no intuito de ser desejado
porém se fecho meus olhos
não sinto seus afagos

Preces por um carinho
Que nunca deveria ser pedido
Profunda ferida no ego
Transformada em pensamento emotivo

Vantagem não há
Em um amor que não se tem
Tão fácil abandonar
Ou trocar por outro alguém

Sanidade e juízo
para o ego partido
Até mesmo as mais belas rosas
possuem espinhos

O abstrato nunca substituirá
o que é concreto

Doce balançar
do mar da vida
Você que irá separar nossas vidas
Não transforme os sentimentos
em dívidas traídas
Mas sim em boas lembranças
que serão esquecidas

3 comentários:

Miss Hunter disse...

bom...sou seu primeiro comentário para este poema...
devo dizer que seu talento é belíssimo e que me agradou muito sua escrita...
belo poema e bela forma de expressão...
parabéns...

Tyr Quentalë disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tyr Quentalë disse...

Creio que eu já tinha liudo e me estranha o fato de não ter comentado antes. Talvez algum problema na conexão, deve ter sido isso. Vejo aqui as incertezas de um amor, pude ver algo parecido com o que eu já presenciei e vivi. Muitas vezes desejamos um amor de um alguém que não deseja o mesmo e porque insistimos nisso? Talvez porque não consigamos mandar em nossos sentimentos e quando tudo acaba, mesmo nem tendo começado, sentimo-nos traídos e as boas lembranças se transformam em tristezas. Bem.. acho que é isso.